UE cobra bem-estar dos animais ao Mercosul

Editora Globo
organização Eurogrupo pelo bem-estar dos Animais pediu  União Europeia que exija aos produtores de carne do Mercosul (bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) os mesmos requisitos sobre bem-estar animal que devem cumprir o setor do gado europeu. 


O Eurogrupo afirmou que a UE deve "erradicar o sofrimento animal" em todas as suas trocas internacionais, conforme comunicado divulgado por causa das negociações entre Bruxelas e o bloco latino-americano para um acordo de livre-comércio
A organização mostrou sua "consternação" na investigação de uma de suas associações, GAIA, sobre a produção de carne de cavalo na América do Sul na qual, segundo a nota, constatou "maus-tratos graves de milhares de animais por ano", assim como práticas "proibidas na UE". 
Acompanhamento


O grupo ressaltou que os animais são transportados e sacrificados em condições inaceitáveis e que a carne desses países acaba nas estantes dos supermercados europeus, enquanto os consumidores da UE não são conscientes do sofrimento que envolveu a produção desses alimentos. A organização acrescentou, ainda, que nessas nações é difícil fazer acompanhamento dos animais em todas as fases da cadeia de produção alimentícia. 


"Apesar disto, a UE, que tem legislação estrita sobre bem-estar animal, está discutindo novos acordos com os países do Mercosul, que permitirão aumentar as importações de carne", segundo o Eurogrupo. 

"Isto é extremamente alarmante porque os cidadãos europeus esperam que toda a comida vendida na UE, produzida na Europa ou importada, contemple os mesmos padrões sobre bem-estar animal e segurança alimentar", declarou a diretora de Eurogrupo, Sonja van Tichelen.
 Além disso, o Eurogrupo considera "vital" que os especialistas da União Europeia sejam "responsáveis" e respeitem o bem-estar animal, porque "nenhum varejo pode justificar a venda de produtos obtidos como resultado desse sofrimento animal horrível", segundo o comunicado.
Fonte:  Matéria publicada no dia 13/04/2011 na  Revista Globo Rural

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